Um Acordo de R$ 3 bilhões geradas em obrigações de dividas por novas emissões de Ações da empresa
A Azul Linhas Aéreas anunciou na noite de segunda-feira (7) que chegou a um acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos, envolvendo a conversão de aproximadamente R$ 3 bilhões em dívidas na emissão de novas ações da empresa. Com a divulgação do acordo, as ações da companhia dispararam mais de 15% na bolsa de valores brasileira nesta terça-feira (8).
O acordo, que abrangeu 92% das obrigações de emissão de ações, prevê a troca dessas obrigações por até 100 milhões de novas ações preferenciais. Na segunda-feira, as ações da Azul encerraram o pregão cotadas a R$ 5,75, o que sugere que, caso a emissão fosse realizada nesse valor, o montante total seria de cerca de R$ 575 milhões.
Este novo acerto com os credores substitui um acordo firmado no ano passado, que estipulava o pagamento dos R$ 3 bilhões em parcelas trimestrais, com a emissão de ações ao preço de R$ 36 cada, a partir do terceiro trimestre deste ano até o final de 2027. Na época da assinatura desse acordo, o valor das ações da Azul estava em torno de R$ 15.
Em comunicado, a companhia ressaltou que este é um passo importante dentro de um plano mais amplo para fortalecer sua geração de caixa e melhorar a estrutura de capital. Além disso, a Azul destacou que continua negociando com os detentores dos 8% restantes das obrigações de emissão de ações.
Analistas do JPMorgan apontaram que a emissão dos 100 milhões de novas ações representa uma diluição de aproximadamente 23% para os acionistas, com base na cotação de segunda-feira. "O anúncio veio em linha com as expectativas de uma diluição entre 20% e 25%", comentou Guilherme Mendes, analista do banco. Ele destacou ainda que a medida ajuda a afastar a pressão de curto prazo em torno de um possível pedido de recuperação judicial da companhia, mas o JPMorgan mantém sua recomendação "neutra" para as ações da Azul.
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